Embora aconteça de modo discreto as operadoras de internet de banda larga fixa estão começando a limitar o consumo de dados em seus serviços . E as empresas VIVO e NET que são as maiores nesse segmento já começaram a fazer isso.
Na Vivo, por exemplo, o limite mensal de consumo de dados vigente nos contratos com os clientes pode variar entre 10GB e 130GB, de acordo com o plano contratado (de 200Kb/s a 25MB/s). A partir daí, caso o usuário ultrapasse essa marca, pode ter sua velocidade reduzida ou até mesmo a internet bloqueada. É importante lembrar que essas restrições valem para os novos clientes.
No caso da NET, a informação do limite do consumo de dados é bem pouco clara. Ao simularmos a contratação do serviço de internet de 60MB da empresa, não conseguimos visualizar qual seria o nosso limite. Apenas no contrato universal há a menção de que caso o pacote seja extrapolado haverá “alteração da faixa de transferência de dados para a menor faixa disponível”:
Quando digitamos no Google os termos “franquia de consumo NET Virtua”, pudemos visualizar com mais clareza as informações a respeito dos limites de consumo.
No terceiro link do buscador, achamos uma página da NET – com um layout bem antigo, diga-se – onde uma tabela informa qual seria a nossa franquia de consumo. No caso do plano de 60MB, ela seria de 150GB (imagem abaixo). E claro, a informação de que a velocidade seria reduzida em caso de estouro da cota.
No caso da GVT, pelo menos por enquanto, a empresa não oferece essa limitação de consumo de dados em seus planos de internet banda larga. Mas, considerando que se trata de uma companhia pertencente ao Grupo Telefônica – controladora da Vivo – podemos esperar medidas semelhantes em um futuro próximo.
A exemplo da GVT, há o Live TIM, serviço de internet banda larga da TIM, também não estipula limite de consumo de dados em seus planos.
Já começou a guerra contra o streaming ?
A estratégia de estabelecer pacotes de consumo de dados pode ser o primeiro “tiro” de uma guerra que as operadoras de internet banda larga – em conjunto com as de TV a cabo, que muitas vezes pertencem ao mesmo grupo - querem travar contra os serviços de streaming como o Netflix. Ou até contar com o Wi-Fi de casa para assistir vídeos no celular será um problema.
Entre várias medidas, as empresas do setor estudam como cobrar uma taxa extra de “uso de streaming” dos assinantes de internet banda larga. Mas como se trata de uma medida ilegal – já que fere a neutralidade da rede – uma das saídas é implementar esse tipo de limite.
Esses pacotes de consumo atingem diretamente o Netflix, porque assistir a uma hora de vídeo no serviço envolve uma bela quantidade de dados.
Segundo a própria empresa, ao assistir aos filmes e séries, o usuário usa cerca de 1 GB de dados por hora em cada transmissão de vídeos com definição padrão e até 3 GB por hora em cada vídeo de alta definição (em vídeos com baixa definição o consumo cai para 300MB/hora e no padrão UltraHD, 7GB/hora).
Vale lembrar também que vários canais presentes nas operadoras de TV a cabo – que como dissemos antes, em muitos casos, pertencem ao mesmo grupo das operadoras de Internet banda larga – já tem a disposição dos clientes seus serviços de vídeo em streaming, como é o caso dos canais Globosat (Multishow, Telecine, Sportv, etc), a ESPN e a HBO. Ou seja, a estratégia de ganhar nas duas pontas pode voltar com força.
Que comece a guerra!
E o que você acha dessas medidas das operadoras? Você concorda com tais limites ou acha que eles não devem existir? Dê a sua opinião!
Fonte
Até a próxima !!!
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