Preço alto deve-se por causa de negócios ilegais
Um estudo feito pelo pesquisadores da Universidade de Sydney e da Universidade Tecnológica de Sydney concluiu que quase metade de todas as transações feitas usando a criptomoeda bitcoin são associadas às atividades ilegais.
Segundo o estudo 44% das transações em bitcoin e 25% de todos os usuários estavam associados a atividades ilegais, os pesquisadores também ligaram um quarto dos usuários que usam bitcoins
com crimes, como hacks, lavagem de dinheiro e comércio de drogas e pornografia ilegal. E isso acaba preocupando os investidores pois eles acreditam que a grande popularidade do bitcoin entre os crimimosos é um dos principais contribuintes ao seu favor.
Os pesquisadores dizem que "Se os criminosos voltarem as costas ao bitcoin e começam a abraçar mais moedas digitais centradas na privacidade, seu valor é "provável" para cair".
As descobertas feitas em pela pesquisa em Abril de 2017 mostram que cerca de 24 milhões de participantes do mercado de bitcoins usam a criptografia "principalmente para fins ilegais".
Espera-se que esses usuários de bitcoin conduzam cerca de 36 milhões de transações por ano, com um valor total de cerca de US $ 72 bilhões, e coletivamente detêm cerca de US $ 8 bilhões em bitcoin, dizem os pesquisadores.
O fato da criptografia do bitcoin permitir que sejam escondidas as identidades dos usuários tornam o mesmo preferido pelos criminosos.
Vale observar que o bitcoin não é totalmente anônimo pois as suas transações são registradas em um livro chamado "Blockchain" e de acordo com os pesquisadores essas informações podem ser rastreadas com o intuito de se identificar usuários específicos.
"As técnicas desenvolvidas neste artigo podem ser usadas na vigilância de cryptomoeda de várias maneiras, incluindo monitoramento de tendências em atividades ilegais, resposta a intervenções reguladoras e como suas características mudam através do tempo", diz o estudo .
"Os métodos também podem ser usados para identificar os principais usuários de bitcoína (por exemplo," hubs "na rede de comércio ilegal) que, quando combinados com outras fontes de informação, podem ser vinculados a indivíduos específicos".
Os pesquisadores disseram que usaram um ataque de bitcoins de alto perfil como na uma invasão do FBI no mercado da Dark Web como sendo o ponto de partida para a sua análise e conseguiram usar a cadeia de blocos para reconstruir uma rede de transações entre os participantes do mercado a partir daí.
"Embora as identidades individuais sejam mascaradas pelo pseudo-anonimato de um endereço alfa-numérico de 26-35 caracteres, a natureza pública da cadeia de blocos nos permite vincular as transações de bitcoína a" usuários "individuais (participantes do mercado) e, em seguida, identificar os usuários que tomou bitcoin pelas autoridades ", escreveram eles.
Isso é potencialmente e extremamente preocupante para os criminosos que utilizam bitcoin, os pesquisadores dizem que estão agora a olhar para criptografias alternativas que melhorem a ocultação da atividade de um usuário, como Dash, Monero ou ZCash.
"Achamos que o surgimento de tais criptografia alternativas também está associado a uma diminuição da proporção de atividades ilegais na bitcoína", diz o estudo.
Os pesquisadores também acreditam que o bitcoin pode se tornar menos útil e menos valioso se os criminosos se afastarem.
"Nosso artigo sugere que um componente significativo do valor intrínseco da bitcoína como sistema de pagamento deriva do seu uso na facilitação do comércio ilegal", escreveram.
"Isso tem implicações éticas para aqueles que vêem bitcoin como um investimento, bem como implicações de avaliação.
"Por exemplo, as mudanças na demanda de usar bitcoin no comércio ilegal (por exemplo, devido a repressões policiais ou aumento da adoção de criptografia mais opacas no comércio ilegal) provavelmente afetarão seu valor fundamental".
Fonte
Até a próxima!!
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